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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para deputado do Maranhão, criticar Sarney é atacar o Nordeste


Primeiro, Magno Bacelar disse que críticas a Sarney no Rock in Rio foram feitas por "maconhados". Agora, vê conspiração do pré-sal

Wilson Lima, iG Maranhão | 07/10/2011 17:45

Texto:

Foto: Divulgação
O deputado Magno Bacelar: "Eu já estive no Rock Rio. Muitos dos metaleiros vão ali drogados, maconhados"
Durante novo discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Magno Bacelar (PV) insinuou que as críticas feitas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), no Rock in Rio por Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial, e depois por Tico Santa Cruz, do Detonautas, estariam ligadas à disputa pela divisão dos royalties do pré-sal.
Leia também: Deputado defende Sarney e diz que Dinho estava alterado no Rock in Rio
Segundo a teoria de Bacelar, Sarney vem mostrando “maturidade, respeito e trabalho pelos brasileiros e brasileiras, fazendo o que muitos não fazem, lutando e botando para votar, desobstruindo a pauta, a lei dos royalties”.
Segundo Bacelar, esse empenho do presidente do Senado originou uma campanha contra a região Nordeste na disputa pelos royalties do petróleo. “Então, naturalmente, é claro, por trás do Rock in Rio há um trabalho contra o Nordeste, contra o desenvolvimento, porque os senadores do Rio de Janeiro, Lindbergh Farias (PT), (Francisco) Dornelles (PP), o Governador Sérgio Cabral (PMDB), Eduardo Paes (PMDB) não querem abrir, eles querem tudo no Rio de Janeiro”, apontou.
O deputado estadual também fez novas críticas ao vocalista do Capital Inicial, chamando Dinho Ouro Preto de homem com “duas caras”. “Ele tem duas faces. Chega ao Maranhão e elogia Sarney. Vai para o Rock in Rio e começa a criticar”, diz ele. Na semana passada, Bacelar afirmou que iria propor à Assembleia Legislativa do Maranhão uma moção de repúdio contra Dinho Ouro Preto. Até agora, isso ainda não aconteceu.

 
Os protestos contra o presidente do Senado no Rock in Rio começaram quando Dinho Ouro Preto dedicou a música “Que País é esse” a José Sarney. “Essa aqui é para as grandes oligarquias que parecem ainda governar, que conseguem manter os jornais censurados, coisas inacreditáveis (…) Essa aqui é especialmente para o José Sarney”. O público respondeu gritando: “Ei Sarney, vai tomar no c…!!!”.Na semana seguinte, foi Tico Santa Cruz que também protestou contra Sarney e contra o próprio Bacelar. Santa Cruz afirmou: “É melhor conviver com maconheiro honesto do que com engravatado corrupto”. A frase foi uma referência ao discurso de defesa de Sarney feito por Bacelar. Também em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado disse que no Rock in Rio muitos “metaleiros vão ali drogados, maconhados”.
Escudeiro verbal

Durante este ano, Bacelar tem se esforçado para ser o mais fiel escudeiro verbal da família Sarney. Além de classificar o público do festival como “drogados”, Bacelar defendeu uso de um helicóptero da Polícia Militar pelo presidente do Senado, dizendo: “Queria que o presidente [do Senado] fosse andar em jumento?”.
Ele tem duas faces. Chega ao Maranhão e elogia Sarney. Vai para o Rock in Rio e começa a criticar”
No início do ano, ao criticar a oposição à família Sarney no Maranhão, ele afirmou que a ex-primeira dama, Alexandra Tavares, promovia “bacanais” na sede do governo. Alexandra era casada com José Reinaldo Tavares (PSB) quando ele era governador do Maranhão. Tavares é um dos principais adversários dos Sarney no Estado.
Em agosto deste ano, o deputado soltou outra pérola ao criticar a destinação de recursos da saúde para Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão. “Imperatriz já ganhou até demais, secretário. Tudo agora é só para Imperatriz, que fica lá no cafundó do Judas, no quintal do Maranhão”. Bacelar é ligado aos municípios da região norte do Maranhão. Imperatriz é governara por Sebastião Torres Madeira, do PSDB - e também faz oposição à família no Estado.

Vídeo mostra vocalista do Detonautas criticando Sarney

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