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sexta-feira, 9 de março de 2012


DIA INTERNACIONAL DA MULHER »Palestra-debate em O Imparcial revela dados importantes sobre a violência contra a mulher

Publicação: 08/03/2012 22:15

O evento debateu a violência praticada contra a mulher e enfatizou a importância de políticas públicas para o gênero. (Maurício Alexandre/O Imp/D.A Press)
O evento debateu a violência praticada contra a mulher e enfatizou a importância de políticas públicas para o gênero.
Como atividade pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8), o jornal O Imparcial promoveu uma palestra-debate sobre violência praticada contra o sexo feminino, além de direitos e políticas públicas para as mulheres. O evento,que contou com um grande número de expectadores, teve início às 19h e foi realizado no Anfiteatro do jornal, com transmissão em tempo real pela TV IMPAR pelo Portal de O Imparcial.

A palestra-debate teve como debatedoras a delegada Kazume Tanaka (Delegacia Especial da Mulher), Luíza de Fátima Amorim Oliveira (secretária de Estado dos Direitos Humanos) e de Valdira Barros (coordenadora do curso de direito da Faculdade São Luis e assessora jurídica do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Pe. Marcos Passerini).

Na forma de debate, as debatedoras abordaram de forma interativa temas voltados para a realidade da mulher na sociedade, na família e no trabalho. 

Dados expressivos

Em seu pronunciamento inicial, a secretária de Estado dos Direitos Humanos, Luíza de Fátima Amorim Oliveira, revelou números expressivos da violência contra a mulher, registrados pela secretaria.

De acordo com a secretária, em 2011 o órgão recebeu 5.366 denuncias de violência contra mulher. Apenas nos três primeiros meses desse ano, já foram 1.148 mulheres violentadas, segundo registros da secretaria. Em São Luís a maioria dos caso são lesãoo corporal e crimes contra a honra.

Ainda citando dados, Luíza de Fátima Amorim, relatou que com a criação da Lei Maria da Penha, houve uma mudança na opinião das mulheres em relação à violência contra o gênero. Os dados mostram que 51% apóiam a prisão do agressor e que 44% acreditam no efeito da lei.

Bairros onde a mulher mais sofre violência

A delegada Especial da Mulher, Kazume Tanaka revelou os bairros em São Luis, onde são registrados os maiores números de violência contra a mulher. São eles: São Francisco, Anjo da Guarda, Coroadinho, João Paulo, Maracanã, e Centro.

Ela também citou as principais causas da violência contra a mulher em São Luís, de acordo com os registros da Delegacia Especial da Mulher. Essas causas estão ligadas a questões culturais, como a violência doméstica, o uso excessivo de álcool e uso de outras drogas, como a merla, e ainda o ciúme.

Kazume Tanaka destacou ainda a importância do trabalho desenvolvido em rede para alcançar resultados mais positivos.

" A violência contra mulher não pode ser enfrentada apenas com ação da policia e sim com a implementação de políticas publicas. Nenhum órgão sozinho tem a capacidade de resolver todas as demandas trazidas por uma mulher em situação de violência. É necessário que se desenvolva um trabalho em rede pelas instituições que trabalham os direitos da mulher", finalizou.

Violência infantil atinge mais meninas que meninos

Valdira Barros, coordenadora do curso de direito da Faculdade São Luis e assessora jurídica do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Pe. Marcos Passerini enfatizou os números que se referem aos casos de violência contra as crianças.

Ela recorreu a dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e mostrou que a violência infantil é maior quando se refere a meninas. Para chegar a esses dados, o UNICEF traçou o perfil das vitimas de violência contra crianças identificadas no disque 100. A cada 100 registros, 62 referem-se a crianças do sexo feminino e apenas 38 do sexo masculino. No que diz respeito à violência sexual, o número de meninas sobe para 78.

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