-
AnunciadoDilma assina PEC que prorroga Zona Franca de Manaus por 50 anos
-
CorrupçãoJoão Dias diz que entregará 13 gravações à PF
-
Ex-presidenteLula viajará ao México para receber mais um prêmio
-
Em 2012Kassab não vê espaço para PSD em reforma ministerial
-
MinistroMendes Ribeiro reassumirá ministério em 7 de novembro
-
ParanáPT investe em Gleisi para desbancar Beto Richa
-
LegislaçãoSarney inspira Lobão a agravar pena de corrupção
-
AviaçãoRelator quer fim de limite a capital externo em aéreas
-
BalançoPC do B triplica filiados com PT no poder
-
Saia-JustaLula pede para Orlando Silva resistir; Fifa teme crise
Empresas fantasmas receberam R$ 1,3 mi do Esporte
Dinheiro público desviado está fora do programa Segundo Tempo, alvo de recentes denúncias de corrupção no ministério
Há cheques para empresas fantasmas, por
exemplo, de R$ 364 mil, R$ 311 mil, R$ 213 mil, R$ 178 mil, R$ 166 mil e
R$ 58 mil. Todos ligados ao ministério de Orlando Silva
Brasília - Dezenas de cheques de um convênio do Ministério do Esporte
mostram que o descontrole no uso do dinheiro público não atinge só o
programa Segundo Tempo. Pelo menos R$ 1,3 milhão do ministério foi parar
no ano passado na conta de empresas fantasmas ou sem relação com o
produto vendido para o programa Pintando a Cidadania.
Há cheques, por exemplo, de R$ 364 mil, R$ 311 mil, R$ 213 mil, R$ 178
mil, R$ 166 mil e R$ 58 mil. O dono de uma empresa destinatária dos
cheques disse à reportagem que desconhece o que foi vendido, alegando
ter "arranjado" a nota fiscal para um amigo receber dinheiro do
ministério.
No dia 31 de dezembro de 2009, o secretário de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, assinou convênio de R$ 2 milhões com o Instituto Pró-Ação, com sede em Brasília. Ex-presidente da UNE e filiado ao PC do B, Wadson é homem de confiança do ministro Orlando Silva e assinou, nos últimos anos, boa parte dos convênios sob suspeita. Segundo o Portal da Transparência, o convênio com a Pró-Ação foi encerrado em abril deste ano e está em fase de prestação de contas.
O Pintando a Cidadania atua em parceria com outros projetos do ministério. para "fomentar a prática do esporte por meio de distribuição gratuita de material esportivo e promover a inclusão social de pessoas de comunidades reconhecidamente carentes".
O contrato com o Pró-Ação menciona uma conta corrente em nome do convênio. No dia 26 de abril de 2010, o instituto repassou um cheque dessa conta no valor de R$ 311.346,05 para a empresa Automatec Tecnologia e Serviços, registrada na cidade de Valparaíso de Goiás como uma loja de motos, a "Oliveira Motos".
Segundo a nota fiscal emitida, o dinheiro do Esporte pagou "tecidos, algodão e tinta". Em entrevista à reportagem, Marcos Oliveira, dono da Automatec, disse desconhecer o Pró-Ação: "Não conheço a ONG. Eu arranjei o nome da empresa para um amigo, a gente joga bola junto".
Seu amigo é Edinaldo Moraes, dono da Contemporânea Comércio e Serviços, que também está na prestação de contas da ONG. Cinco cheques do convênio foram parar na conta dessa empresa. No mesmo dia 26 de abril de 2010, quando a loja de motos Automatec levou R$ 311 mil, um cheque de R$ 364 mil foi depositado em nome da Contemporânea. A empresa recebeu ao todo R$ 817 mil para supostamente vender fios de costura, agulhas e tecidos. No dia 20 de setembro de 2010, auge da campanha eleitoral, a ONG repassou R$ 213 mil para a Contemporânea.
Na época da "venda", a empresa era registrada numa sala em um sobrado em Valparaíso. Hoje, nada funciona naquele endereço. "A empresa não está mais funcionando. Faz tempo que não temos atividade", disse Edinaldo. Ele afirmou que fez a intermediação da venda com fornecedores indicados pela ONG. O convênio do Esporte com essas entidades permite que elas escolham seus subcontratados e, respectivamente, o destino dos recursos públicos repassados.
Leia Mais
- 24/10/2011 | Dilma assina PEC que prorroga Zona Franca de Manaus por 50 anos
- 24/10/2011 | João Dias diz que entregará 13 gravações à PF
- 24/10/2011 | Mendes Ribeiro reassumirá ministério em 7 de novembro
- 24/10/2011 | James Murdoch será interrogado novamente por comissão
No dia 31 de dezembro de 2009, o secretário de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, assinou convênio de R$ 2 milhões com o Instituto Pró-Ação, com sede em Brasília. Ex-presidente da UNE e filiado ao PC do B, Wadson é homem de confiança do ministro Orlando Silva e assinou, nos últimos anos, boa parte dos convênios sob suspeita. Segundo o Portal da Transparência, o convênio com a Pró-Ação foi encerrado em abril deste ano e está em fase de prestação de contas.
O Pintando a Cidadania atua em parceria com outros projetos do ministério. para "fomentar a prática do esporte por meio de distribuição gratuita de material esportivo e promover a inclusão social de pessoas de comunidades reconhecidamente carentes".
O contrato com o Pró-Ação menciona uma conta corrente em nome do convênio. No dia 26 de abril de 2010, o instituto repassou um cheque dessa conta no valor de R$ 311.346,05 para a empresa Automatec Tecnologia e Serviços, registrada na cidade de Valparaíso de Goiás como uma loja de motos, a "Oliveira Motos".
Segundo a nota fiscal emitida, o dinheiro do Esporte pagou "tecidos, algodão e tinta". Em entrevista à reportagem, Marcos Oliveira, dono da Automatec, disse desconhecer o Pró-Ação: "Não conheço a ONG. Eu arranjei o nome da empresa para um amigo, a gente joga bola junto".
Seu amigo é Edinaldo Moraes, dono da Contemporânea Comércio e Serviços, que também está na prestação de contas da ONG. Cinco cheques do convênio foram parar na conta dessa empresa. No mesmo dia 26 de abril de 2010, quando a loja de motos Automatec levou R$ 311 mil, um cheque de R$ 364 mil foi depositado em nome da Contemporânea. A empresa recebeu ao todo R$ 817 mil para supostamente vender fios de costura, agulhas e tecidos. No dia 20 de setembro de 2010, auge da campanha eleitoral, a ONG repassou R$ 213 mil para a Contemporânea.
Na época da "venda", a empresa era registrada numa sala em um sobrado em Valparaíso. Hoje, nada funciona naquele endereço. "A empresa não está mais funcionando. Faz tempo que não temos atividade", disse Edinaldo. Ele afirmou que fez a intermediação da venda com fornecedores indicados pela ONG. O convênio do Esporte com essas entidades permite que elas escolham seus subcontratados e, respectivamente, o destino dos recursos públicos repassados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário